História da radiologia forense no Brasil
DOI:
10.24281/reremecs.2018.11.8.scr1.23Palavras-chave:
Radiologia, Radiologia Forense, CientíficaResumo
A aplicação da radiologia forense foi inserida um ano depois da sua descoberta, em 1895, pelo alemão Wilhelm Conrad Roentgen que, no ano seguinte, demonstrou a presença de balas de chumbo na cabeça de uma vítima. Esse fato foi o pioneiro a ajudara solucionara causa da morte. O Registro desse episódio abriu espaço para o uso do método para identificação humana forense no ano de 1927 foi relatada a primeira identificação radiológica completa. A medicina forense é a especialidade que, utilizando os conhecimentos técnico de todas as ciências da medicina, como a biologia, física e a química, preste esclarecimentos para a atuação da justiça. A sua prática se dá através da parte da radiologia que se relaciona com a criminalística, ajudando a recuperar provas de crime em um cadáver, como projétil de arma de fogo (PAF) e Perfusão por arma branca (PAB), nos aeroportos na detecção de drogas em malas, nos presídios para impedir a entrada de aparelhos celulares, armas e drogas, o tecnólogo ou técnico em radiologia forense executa suas atribuições juntamente com um médico legista do serviço. Ao encontrar um corpo carbonizado, ou ainda com roupas, é possível, com exame de imagem, diferenciar detalhes da anatomia que distinguem homem e mulher, densidade mineral óssea, para saber se era jovem ou idoso, ossos do punho para confirmar a idade aproximada, se houve fratura no corpo e se foi antes da morte, então, pode-se concluir que a identificação humana é extremamente importante, não só na esfera legal como também na social e, portanto, a radiologia, como a imagenologia médica, contribuem com precisão, na identificação de uma pessoa. Esse método constitui uma ferramenta segura, confiável, rápida e prática além de custo baixo, se comparado com outros como Ácido Desoxirribonucleico (DNA), de auto custo e de resultado demorado. No Brasil, radiologia forense nasceu no século XX. Com sua atuação política, acadêmica e científica, Afrânio Peixoto (1876-1947) é até hoje considerado, ao lado de Nina Rodrigues, um dos patronos da medicina legal brasileira. O nome ´´Instituto médico-legal (IML)´´ surgiu em 20 de novembro de 1922, a partir do decreto nº15.848, assinado pelo presidente Arthur Bernardes. Dois anos mais tarde, o decreto nº16.670 aprovou o regulamento do IML, trazendo uma importante transformação institucional, descrita no artigo 1º: ´´O instituto médico-legal do Rio de Janeiro constitui uma repartição técnica autônoma, administrativamente subordinada ao ministério da justiça e negócios interiores´´. Desvinculava-se, assim, a medicina legal do âmbito da polícia civil, o decreto de 1924 definiu os setores e cargos do IML, suas atribuições e a regulamentação da perícia e dos exames, seria composto funcionários, sendo 10 médico-legistas, também tinham professores da especialidade de medicina do Rio de Janeiro e de medicina pública na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Hoje, a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM), possuem ferramentas e protocolo de identificação de pontos craniométricos, isto é capaz de demonstrar com precisão e, em minutos, resultados que poderiam esperar meses na identificação, com os softwares avançados, é possível, também realizar reconstrução facial em 3D. A ideia é permitir, ampliar informações que ajudem e melhorem as chances de reconhecimento dos familiares quando são encontrados resto mortais sem identificação, a ressonância magnética usa também softwares especiais para utilização na imagenologia médica de superposição de imagem, para estudo do método de crânio-foto-comparativo.
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