Câncer de próstata: efeitos colaterais do tratamento da radioterapia
DOI:
10.24281/rremecs.2018.11.8.scr1.4Palavras-chave:
Radioterapia, Efeitos Colaterais, Câncer de PróstataResumo
O Instituto Nacional do Câncer, define o câncer como um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. No contexto epidemiológico é considerado como um problema de saúde pública e afeta a vida social e econômicas das pessoas. O câncer de próstata tem desenvolvimento lento, com tempo de duplicidade estimado de dois a quatro anos. Pode delongar até 15 anos para alcançar 1 cm de diâmetro; mas, depois, tende a proporcionar crescimento rápido. Descrever os efeitos colaterais da radioterapia no câncer de próstata. Estudo de revisão da literatura, os artigos selecionados estavam disponíveis na base dados eletrônicos SCIELO, em língua portuguesa e disponibilizados na íntegra; publicados entre 2014 e 2018, totalizando 10 artigos. O câncer da próstata pode ser estabelecido por diferentes tipos de células, mas na maior parte dos casos, trata-se de um tumor designado por adenocarcinoma. As partículas que constituem este tumor semelham ter uma linhagem semelhante às células que compõem a próstata normal (são células de tipo glandular), mas que, em determinada altura, se tornam mais aguerridas, multiplicando ou diminuindo, de uma forma muito mais rápida do que as restantes células deste órgão. O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, a doença pode ser abordada de diferentes formas, como radioterapia externa, cirurgia, braquiterapia com sementes de iodo, terapia de supressão androgênica, somente monitoramento do antígeno prostático especifico (PSA) e por fim crioterapia. No entanto os únicos tratamentos que oferecem cura aos pacientes são a cirurgia, radioterapia externa a braquiterapia ou uma associação entre essas modalidades. Embora seja um tratamento eficaz, a radioterapia pode causar efeitos colaterais. Estes variam de pessoa para pessoa, conforme a localização do câncer, a dose de tratamento e saúde da pessoa. Os efeitos colaterais adjuntos com a terapia de radiação podem acontecer devido as elevadas doses de radiação, doses que também podem comprometer células saudáveis ao redor da área cancerosa. Muitas pessoas que recebem radioterapia apresentam problemas de pele, como ressecamento, coceira, bolhas ou descamação. Esses problemas são normalmente resolvidos dentro de poucas semanas após o fim do tratamento. O efeito colateral mais comum é a fadiga (falta de energia), sensação de exaustão que não melhora com o repouso. Além desses citados anteriormente outros efeitos colaterais podem incluir como: diarreia, náuseas e vômitos, boca seca, dificuldade em engolir, inchaço, perda de cabelo, problemas sexuais, problemas urinários e na bexiga. Apesar da maioria dos efeitos colaterais tenha seu desaparecimento após o tratamento, alguns podem aparecer meses ou anos depois. Os efeitos da radiação são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aproveitamento fracionado. Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos: ocorre durante ou até 4 semanas após o tratamento, tardios: que aparecem após 4 semanas do término do tratamento ou até 5 anos. Apesar de causar efeitos colaterais a radioterapia é um dos tratamentos mais usados e eficazes para extirpar o câncer e seus benefícios ultrapassam dificuldades e barreiras. Para minimizar os efeitos colaterais é preciso que tenham profissionais qualificados, capacitados e atentos para perceber os primeiros sinais.
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