Acidentes com serpentes em Montes Claros, MG, entre 2008 e 2017

Autores

  • Luiz Otávio Sales Pimenta luizotaviocdz@hotmail.com
    FUNORTE
  • Walton Ramos Silva Júnior waltomnramos@gmail.com
    FUNORTE
  • Erikssen Iury Custódio Lages erikssenlages@gmail.com
    FUNORTE
  • João Víctor Cordeiro Rodrigues cordeirorodrigues.jv@gmail.com
    Universidade Federal de Ouro Preto
  • Evandro Barbosa dos Anjos evandro.dosanjos@yahoo.com
    FUNORTE

DOI:

10.24281/rremecs2020.5.9.35-41

Palavras-chave:

Mordeduras de Serpentes, Animais Venenosos, Epidemiologia

Resumo

O presente estudo busca identificar a epidemiologia dos acidentes com serpentes em Montes Claros - Minas Gerais, entre 2008 e 2017. Trata-se de uma pesquisa descritiva, sistemática, longitudinal e quantitativa. Dados coletados referentes a 2008-2017 na plataforma DATASUS. Amostra composta pela população do município estudado. Indivíduos de ambos os sexos residentes nesse local, acometidos pela afecção, de todas as idades foram incluídos. Foram registrados 291 acidentes, mais de 35% causados pela serpente do tipo Bothrops, 36,4% no verão, 73% no sexo masculino e a faixa etária de 0-19 anos a mais acometida. Desses 291 casos, 61,5% foram atendidos até 3 horas e a grande maioria dos acidentes evoluiu com cura. Assim, observou-se que a ocorrência de acidentes aumentou nos últimos cinco anos, tendo maior prevalência em meses quentes e chuvosos. Em Montes Claros foi encontrada menor taxa de mortalidade comparada aos dados globais da Organização Mundial da Saúde.

Biografia do Autor

Luiz Otávio Sales Pimenta, FUNORTE

Graduando em Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE).

Walton Ramos Silva Júnior, FUNORTE

Graduando em Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE).

Erikssen Iury Custódio Lages, FUNORTE

Graduando em Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE).

João Víctor Cordeiro Rodrigues, Universidade Federal de Ouro Preto

Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Ouro Preto.

Evandro Barbosa dos Anjos, FUNORTE

Mestre em cuidado primário em saúde, docente do curso de Medicina das Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE).

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde. Acidentes de trabalho por animais peçonhentos entre trabalhadores do campo, floresta e águas, Brasil 2007 a 2017. Boletim Epidemiológico 11. 2019.

Malaque CMS, Gutiérrez JM. Snakebite envenomation in central and South America. Critical Care Toxicology. 2016; (s.l.):1-22.

Pinho FMO, Pereira ID. Ofidismo. Rev Assoc Méd Bras. 2001; 47(1):24-29.

Albuquerque HN, Costa TBG, Cavalcanti MLF. Estudo dos acidentes ofídicos provocados por serpentes do gênero Bothrops notificados no estado da Paraíba. Rev Biol Ciênc Terra. 2004; 5(1):1-7.

Machado C, Lemos ERSD. Ofidismo no estado do Rio de Janeiro, Brasil, no período de 2007-2013. Rev Eletr Estácio Saúde. 2016; 5(2):67-77.

Silva PLN, Costa AA, Damasceno RF, Oliveira Neta AI, Ferreira IR, Fonseca ADG. Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos notificados no Estado de Minas Gerais durante o período de 2010-2015. Rev Sustinere. 2017; 5(2):199-217.

Almeida AAA, Macedo ME. Acidentes Ofídicos com serpentes brasileiras em Minas Gerais. Acervo Inic Científica. 2014; (1):1-11.

Lima ACSF, Campos CEC, Ribeiro JR. Perfil epidemiológico de acidentes ofídicos do Estado do Amapá. Rev Soc Bras Med Tropical. 2009; 42(3):329-335.

Pinho FMO, Oliveira ES, Faleiros F. Acidente ofídico no estado de Goiás. Rev Assoc Méd Bras. 2004; 50(1):93-96.

Tavares AV, Araújo KAM, Marques MRV, Vieira AA, Leite RS. The epidemiology of snakebite in the Rio Grande do Norte State, Northeastern Brazil. Rev Inst Med Tropical São Paulo. 2017; 59(e52):1-10.

Roriz KRPS, Zaqueo KD, Setubal SS, Katsuragawa TH, Silva RR, Fernandes CFC, Cardoso LAP, Rodrigues MMS, Soares AM, Stábeli RG, Zuliani JP. Epidemiological study of snakebite cases in Brazilian Western Amazonia. Rev Soc Bras Med Tropical. 2018; 51(3):338-346.

Oliveira NR, Sousa ACR, Belmino JFB, Furtado SS, Leite RS. The epidemiology of envenomation via snakebite in the State of Piauí, Northeastern Brazil. Rev Soc Bras Med Tropical. 2015; 48(1):99-104.

Carvalho MA, Nogueira F. Serpentes da área urbana de Cuiabá, Mato Grosso: aspectos ecológicos e acidentes ofídicos associados. Cad Saúde Pública. 1998; 14:753-763.

Nascimento SP. Aspectos epidemiológicos dos acidentes ofídicos ocorridos no estado de Roraima, Brasil, entre 1992 e 1998. Cad Saúde Pública. 2000; 16:1-8.

Lima JS, Martelli-Junior H, Martelli DRB, Silva MS, Carvalho SFG, Canela JR, Bonan PRF. Perfil dos acidentes ofídicos no norte do Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev Soc Bras Med Tropical. 2009; 42:561-564.

Evangelista GF, Azevedo CS. Arachnidism, scorpionism and ophidism in Ouro Preto Municipality, Minas Gerais State, Brazil. Rev Soc Bras Med Tropical. 2016; 49(6):786-9.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. Brasília: Fundação Nacional de Saúde. 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica. 7 ed. Brasília. 2009.

Andrade JG, Pereira LIA. Manual Prático de Doenças Transmissíveis. 7. ed. Goiânia: Edição do autor. 2012.

Secretaria de Estado da Saúde. Estado de Goiás. Boletim epidemiológico do NHVE - HDT. 2018.

Sahan M, Tasin V, Karakus A, Özcan O, Eryigit U, Kuvandik G. Evaluation of patients with snakebite who presented to the emergency department: 132 cases. Ulus Travma Acil Cerrahi Derg 2016; 22(4):333-337.

Bonan PRF, Lima JS, Martelli DRB, Silva MS, Carvalho SFG, Silveira MF, Marques LO, Júnior HM. Perfil epidemiológico causado por serpentes venenosas no norte do estado de Minas Gerais, Brasil. Rev Méd Minas Gerais. 2010; 20(4):503-507.

Chippaux JP. Snake-bites: appraisal of the global situation. Bulletin World Health Organization. 1998; 76:515-524.

Chippaux JP. Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases. 2015; 21:1-17.

Chippaux JP. Incidence and mortality due to snakebite in the Americas. PLoS Neglected Tropical Diseases. 2017; 11(6):1-39.

Feitosa RF, Melo IM, Monteiro HS. Epidemiologia dos acidentes por serpentes peçonhentas no Estado do Ceará - Brasil. Rev Soc Bras Med Tropical. 1997; 30(4):295-301.

Publicado

20-12-2020
Métricas
  • Visualizações 0
  • PDF downloads: 0

Como Citar

SALES PIMENTA, L. O. .; SILVA JÚNIOR, W. R. .; CUSTÓDIO LAGES, E. I. .; CORDEIRO RODRIGUES, J. V. .; BARBOSA DOS ANJOS, E. . Acidentes com serpentes em Montes Claros, MG, entre 2008 e 2017. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], v. 5, n. 9, p. 35–41, 2020. DOI: 10.24281/rremecs2020.5.9.35-41. Disponível em: https://www.revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/56. Acesso em: 17 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos