PARASITOLOGIA, IMUNOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA TOXOPLASMOSE EM FELÍDEOS

Autores

  • Maciria Bezerra Freire Portilho maciriafreire27@hotmail.com
    Discente do Curso de Biomedicina do IESC - Faculdade Guaraí
  • Aluísio Vasconcelos de Carvalho aluisio.carvalho@iescfag.edu.br
    Docente, Curso de Biomedicina do IESC - Faculdade Guaraí

DOI:

10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.15

Palavras-chave:

Toxoplasma Gondii, Felinos, Animais Silvestres

Resumo

O Toxoplasma gondii é um protozoário distribuído em todo o território mundial com exceção do ártico, com alta prevalência, pertencente à grupo dos coccídios, família sarcocystidae. É um parasita intracelular com ciclo biológico heteroxênico ocorrendo em duas fases diferentes: o ciclo extraintestinal assexuado e ciclo enteroepitelial sexuado. O objetivo é retratar os mecanismos parasitológicos, imunológicos da toxoplasmose felina (TF), seus fatores epidemiológicos e ecológicos na prevenção e controle da doença nas espécies suscetíveis. Utilizou-se artigos, dissertações e teses publicados na plataforma SCIELO, CAPES e Google acadêmico. A parasitose pode contaminar diversos felídeos domésticos e silvestres, dentre eles estão às jaguatiricas, onças, leões, tigres, contaminados após a ingestão de carnes cruas contendo cistos teciduais tornando- os hospedeiros definitivos. Após esse processo, liberam oocistos em suas fezes passando-os para hospedeiros intermediários, os bovinos, suínos, aves e humanos. A TF pode aparecer a partir de dois anos, sua prevalência atinge em maior quantidade os machos em decorrência do efeito abortivo no início da gestação, gerando a placentite e a má formação fetal. Filhotes podem ser infectados via transplacentária ou durante a lactação, apresentando processos inflamatórios que acomete o fígado, pulmão e o sistema nervoso central, e sintomas como hipotermia, depressão, ascite, pneumonia, dermatite e consequentemente morte. No Brasil, a toxoplasmose é considerada como uma doença tropical negligenciada, possui variações epidemiológicas, embora haja surtos em algumas localidades. Outro fator contribuinte para a disseminação em determinadas regiões é a ligação da cultura local e as condições sanitárias do ambiente favorecendo o ciclo infecto- parasitário. A soroprevalência no Brasil varia entre 54% no Centro-oeste a 75% na região norte, há poucos estudos que apontam a concentração de casos de felinos com T. gondii devido à grande variação de estilo de vida do felino e da idade. O diagnóstico clínico é realizado através do Ensaio Imunofluorescência Indireta reconhecendo dois anticorpos principais, IgG e IgM, diagnosticado por meio do método analítico de titulação devido sua alta especificidade e espectro completo. O exame parasitológico  não  é  indicado  para  diagnóstico  em felinos  devido  as  formas  parasitárias  se assemelharem a outros protozoários  na morfologia,  podendo ser facilmente confundido com Hammondia e Frenkelia. A TF é tratada com cloridato de clindamicina podendo evitar danos oculares devido a inflamação, porém são usados alguns fármacos contra T. gondii em combinação com corticosteroides, perimetamina e ácido folínico.

Publicado

04-09-2019
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Como Citar

FREIRE PORTILHO, M. B. .; VASCONCELOS DE CARVALHO, A. . PARASITOLOGIA, IMUNOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA TOXOPLASMOSE EM FELÍDEOS. Revista Remecs - Revista Multidisciplinar de Estudos Cientí­ficos em Saúde, [S. l.], p. 15, 2019. DOI: 10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.15. Disponível em: http://www.revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/293. Acesso em: 30 abr. 2025.