PARASITOLOGIA, IMUNOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA TOXOPLASMOSE EM FELÍDEOS
DOI:
10.24281/rremecs.2019.05.08a10.Ijcbiomed.15Palavras-chave:
Toxoplasma Gondii, Felinos, Animais SilvestresResumo
O Toxoplasma gondii é um protozoário distribuído em todo o território mundial com exceção do ártico, com alta prevalência, pertencente à grupo dos coccídios, família sarcocystidae. É um parasita intracelular com ciclo biológico heteroxênico ocorrendo em duas fases diferentes: o ciclo extraintestinal assexuado e ciclo enteroepitelial sexuado. O objetivo é retratar os mecanismos parasitológicos, imunológicos da toxoplasmose felina (TF), seus fatores epidemiológicos e ecológicos na prevenção e controle da doença nas espécies suscetíveis. Utilizou-se artigos, dissertações e teses publicados na plataforma SCIELO, CAPES e Google acadêmico. A parasitose pode contaminar diversos felídeos domésticos e silvestres, dentre eles estão às jaguatiricas, onças, leões, tigres, contaminados após a ingestão de carnes cruas contendo cistos teciduais tornando- os hospedeiros definitivos. Após esse processo, liberam oocistos em suas fezes passando-os para hospedeiros intermediários, os bovinos, suínos, aves e humanos. A TF pode aparecer a partir de dois anos, sua prevalência atinge em maior quantidade os machos em decorrência do efeito abortivo no início da gestação, gerando a placentite e a má formação fetal. Filhotes podem ser infectados via transplacentária ou durante a lactação, apresentando processos inflamatórios que acomete o fígado, pulmão e o sistema nervoso central, e sintomas como hipotermia, depressão, ascite, pneumonia, dermatite e consequentemente morte. No Brasil, a toxoplasmose é considerada como uma doença tropical negligenciada, possui variações epidemiológicas, embora haja surtos em algumas localidades. Outro fator contribuinte para a disseminação em determinadas regiões é a ligação da cultura local e as condições sanitárias do ambiente favorecendo o ciclo infecto- parasitário. A soroprevalência no Brasil varia entre 54% no Centro-oeste a 75% na região norte, há poucos estudos que apontam a concentração de casos de felinos com T. gondii devido à grande variação de estilo de vida do felino e da idade. O diagnóstico clínico é realizado através do Ensaio Imunofluorescência Indireta reconhecendo dois anticorpos principais, IgG e IgM, diagnosticado por meio do método analítico de titulação devido sua alta especificidade e espectro completo. O exame parasitológico não é indicado para diagnóstico em felinos devido as formas parasitárias se assemelharem a outros protozoários na morfologia, podendo ser facilmente confundido com Hammondia e Frenkelia. A TF é tratada com cloridato de clindamicina podendo evitar danos oculares devido a inflamação, porém são usados alguns fármacos contra T. gondii em combinação com corticosteroides, perimetamina e ácido folínico.
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