Dismenorreia primária em universitárias e seu impacto no desempenho acadêmico
DOI:
10.24281/rremecs2025.10.16.100Palavras-chave:
Dismenorreia, Desempenho Acadêmico, Absenteísmo AcadêmicoResumo
A dismenorreia é a queixa ginecológica mais comum, configurando-se como um problema de saúde pública. Este estudo teve como objetivo verificar a prevalência da dismenorreia entre universitárias e seu impacto na vida acadêmica. A amostra foi composta por 104 acadêmicas dos cursos da área da saúde, que responderam a um questionário online na plataforma Google Forms sobre seu ciclo menstrual, sintomas físicos e influência da dismenorreia no desempenho acadêmico, as quais referiram sofrer de dismenorreia primária, sendo que a maioria descreveu a dor como moderada a intensa. Quanto aos impactos no desempenho acadêmico, 87,2% das universitárias relataram redução de produtividade, dificuldade de concentração e em alguns casos necessidade de interromper suas atividades acadêmicas. Além disso, 83% das participantes destacaram a falta de suporte institucional durante o período. O estudo demonstra a necessidade de estratégias institucionais que ofereçam suporte adequado para minimizar os efeitos da dismenorreia no ambiente acadêmico.
Descritores: Dismenorreia, Desempenho Acadêmico, Absenteísmo Acadêmico.
Advances and challenges in addressing domestic violence: integrative review
Abstract: Dysmenorrhea is the most common gynecological complaint, representing a public health issue. This study aimed to assess the prevalence of dysmenorrhea among female university students and its impact on academic life. The sample consisted of 104 students from health-related courses who completed an online questionnaire via Google Forms about their menstrual cycle, physical symptoms, and the influence of dysmenorrhea on academic performance. The participants reported suffering from primary dysmenorrhea, with most describing the pain as moderate to severe. Regarding the impact on academic performance, 87.2% of the students reported reduced productivity, difficulty concentrating, and in some cases, the need to interrupt their academic activities. Additionally, 83% of participants highlighted the lack of institutional support during this period. The study points to the need for institutional strategies that provide adequate support to minimize the effects of dysmenorrhea in the academic environment.
Descriptors: Dysmenorrhea, Academic Performance, Academic Absenteeism.
Avances y desafíos en el abordaje de la violencia doméstica: revisión integrativa
Resumen: La dismenorrea es la queja ginecológica más común, constituyéndose como un problema de salud pública. Este estudio tuvo como objetivo verificar la prevalencia de la dismenorrea entre estudiantes universitarias y su impacto en la vida académica. La muestra estuvo compuesta por 104 estudiantes de los cursos del área de la salud, quienes respondieron a un cuestionario en línea en la plataforma Google Forms sobre su ciclo menstrual, síntomas físicos y la influencia de la dismenorrea en el rendimiento académico. Las participantes informaron sufrir de dismenorrea primaria, y la mayoría describió el dolor como moderado a intenso. En cuanto a los impactos en el rendimiento académico, el 87,2% de las estudiantes reportaron una reducción en la productividad, dificultad para concentrarse y, en algunos casos, la necesidad de interrumpir sus actividades académicas. Además, el 83% de las participantes señalaron la falta de apoyo institucional durante este período. El estudio señala la necesidad de estrategias institucionales que ofrezcan el apoyo adecuado para minimizar los efectos de la dismenorrea en el entorno académico.
Descriptores: Dismenorrea, Rendimiento Académico, Ausentismo Académico.
Referências
Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2011.
Silva AB, Pereira AO, Silva SP, Lima CRJ, Lima AB. Correlação entre as alterações posturais e a dismenorreia primária em mulheres jovens na faixa etária de 18 a 25 anos. Rev Científica Unisalesiano Lins (SP). 2012; 3(6).
Gerzson LR, Padilha JF, Braz MM, Gasparetto A. Physiotherapy in primary dysmenorrhea: literature review. Rev Dor. 2014; 15(4).
Urbina VG, Gutiérrez MT, Arce VR. Dismenorreia primária em adolescentes. Rev Méd Sinergia. 2019; 11(4):296-310.
Marjoribanks J, Proctor ML, Farquhar C. Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides para dismenorreia primária. Cochrane Database Syst Rev. 2003; (4).
Araújo LM, Silva JM, Bastos WT, Ventura PL. Diminuição da dor em mulheres com dismenorreia primária, tratadas pelo método Pilates. Rev Dor. 2012; 13(2):119-23.
Ferreira CHJ. Fisioterapia na Saúde da Mulher: Teoria e Prática. Biblioteca Virtual em Saúde. 2011.
Santos GKA, Silva NCOV, Alfieri FM. Effects of cold versus hot compress on pain in university students with primary dysmenorrhea. BrJP. 2020; 3(1):25-8.
Associação Americana de Psicologia. Saúde Geral V2.0 (WPAI).
Soárez P, Kowalski CC, Ferraz MB, Ciconelli RM. Tradução para português brasileiro e validação de um questionário de avaliação de produtividade. Rev Panam Saúde Pública. 2007; 22(1):21-8.
Sanctis V, Soliman A, Bernasconi S, Bianchin L, Bona G, Bozzola M, et al. Dismenorreia primária em adolescentes: prevalência, impacto e conhecimento recente. Pediatr Endocrinol Rev. 2015; 13(2).
Nunes JMO, Rodrigues JA, Moura MSF, Batista SRC, Coutinho SKSF, Hezime FA, et al. Prevalência de dismenorreia em universitários e sua relação com absenteísmo escolar, exercício físico e uso de medicamentos. Rev Bras Promoc Saúde. 2013; 26.
Yanez N, Bautista-Roa SJ, Ruiz-Sternberg JE, Ruiz-Sternberg AM. Prevalência e fatores associados à dismenorreia em estudantes de ciências da saúde. Rev Cienc Saúde. 2010; 8.
Silva MCC da, Furtado JH de L, Palmeira I da S, Oliveira GB, Cruz AT. Influência da dismenorreia primária na vida de universitárias. Cadernos UniFOA. 2022; 18(51).
Stallbaum JH, et al. Efeitos da bandagem funcional do mercúrio sobre a dismenorreia primária em universitárias. Fisioter Brasil. 2016; 17(6).
Ortiz MI, Espinoza-Ramírez AL, Cariño-Cortés R, Moya-Escalera A. Impacto de la dismenorrea primaria en el rendimiento académico de estudantes universitários. Enferm Clín (Ed impr). 2022; 351-7.
Reis M, Gaspar de Matos M. Contracepção – conhecimentos e atitudes em jovens universitários. Projeto Aventura Social / HBSC, Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa. 2007.
Osayande AS, Mehulic S. Diagnóstico e tratamento inicial da dismenorreia. Am Fam Physician. 2014; 89(5):341-6.
Andrade SMC, Alves AFS, Lima IF, Rocha LO, Cunha MAS, Nogueira NS, et al. Os impactos dos anticoncepcionais orais no organismo feminino: uma revisão integrativa de literatura. Research, Society and Development. 2023; 12(1):e21512139587.
Lopes J, Furmann M, Andrade GF, et al. Fisioterapia na dismenorreia primária: da avaliação ao tratamento. Atena Editora. 2024. Disponível em: <https://atenaeditora.com.br/catalogo/post/fisioterapia-na-dismenorreia-primaria-da-avaliacao-ao-tratamento>.
Ruchi GD. Intervenção fisioterapêutica para dismenorreia primária - uma revisão narrativa. Int J Res Rev. 2022; 9(3).
Aquino DS, Barros JA. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2010; 15(5):2533-8.
Hall G, Phillips TJ. Estrogênio e pele: os efeitos do estrogênio, menopausa e terapia de reposição hormonal na pele. J Am Acad Dermatol. 2005; 53:555.
Arcaminho ÁKF, Nascimento LC, Dias Júnior W. Prevalência de dismenorreia em universitários e sua relação com absenteísmo escolar. Rev Ibero-Am Hum Cienc Educ. 2023; 9(11):3097-118.
Soares IM, Rodrigues FG, Santos GS, Simões LC, Matos GSR. Impacto da dismenorreia primária na qualidade de vida de mulheres jovens. In: Pesquisas e Inovações em Ciências da Saúde e Biológicas: Produções Científicas Multidisciplinares no Século XXI, Volume 2. 2022; 182-91. Disponível em: <https://institutoscientia.com/wp-content/uploads/2022/09/capitulo-livro_saude_4-17.pdf>.
Silvano TG. O efeito da cinesioterapia, eletroterapia e massoterapia em pacientes com dismenorreia – estudo de casos. 7º Simpósio de Ensino de Graduação. 2009.
Imedio AS, Lobo CC, Casanãs C, et al. Síndrome de dor miofascial em mulheres com dismenorreia primária: um estudo caso-controle. Diagnostics. 2022; 12:2723.
Rodrigues AC, Gala S, Neves C, Pinto C, Meirelles C, Frutuoso C, et al. Dismenorreia em adolescentes e jovens adultos. Porto Acta Med. 2011; 24.
Ministério da Saúde. Saúde menstrual: Série orienta mulheres sobre cuidados durante a menstruação. Brasília: Ministério da Saúde. 2023. Disponível em: <https://www.gov.br/sa-homens>.
Publicado
- Visualizações 0
- pdf downloads: 0
Como Citar
Edição
Seção
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
